Foto: Arquivo Pessoal
Circe Fernandes da Silva, 95 anos, nasceu e foi criada em Uruguaiana, junto a oito irmãos. Ainda criança, ela perdeu o pai. Na juventude, Circe morou em diversas cidades do Rio Grande do Sul com os irmãos, que trabalhavam como mestres de linha na Viação Férrea.
Na região da fronteira com a Argentina, a uruguaianense conheceu o marido, Adão Correa da Silva, falecido em 1980. Após namorarem durante um curto período, os dois se casaram e tiveram seis filhos, Werlei, falecido, Getúlio, Dayci, Cecilia, Sonia e Maria Elina, os quais lhes deram 20 netos, 35 bisnetos e quatro tataranetos. Para ela, estar com a família era a melhor maneira de ser feliz.
Por cerca de 40 anos, Circe morou em Porto Alegre. Ela foi para a Capital para acompanhar o marido, que era apaixonado pela cidade. Lá, a dona de casa trabalhou em um trailer de lanches. Cecilia, 62 anos, conta que ela adorava fazer quitutes:
- A mãe era uma cozinheira de mão cheia. Até os 85 anos, ela foi uma mulher independente. Conseguia fazer, sozinha, as principais atividades de casa.
Ainda conforme Cecilia, Circe era divertida e adorava bailes e festas.
Foto: Arquivo Pessoal
Há nove anos, Circe voltou a morar em Santa Maria, onde residia na Vila Caramelo com Maria Elina, 57 anos. Para a filha, ficam as lembranças de uma mãe que sempre procurou dar as melhores orientações para os filhos:
- Ela era uma grande conselheira. Dizia para seguirmos o caminho do bem e a tratarmos com gentileza todos que chegassem em nossa casa.
Em 18 de maio de 2019, Circe Fernandes da Silva morreu de causas naturais. Ela foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Ecumênico Municipal.